terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Você













Confesso que tô exausto de construir e demolir fantasias.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Da carta que não enviei e nem terminei

16 de Janeiro de 2011

“De repente em meio á vida, alguém nos olha e vê. Vê, não apenas olha, que o olhar sobre a multidão é vago e vário e o mundo cheio de olhares. Mas. Um olhar nos impressiona. E então se fala, e é como se o ouvido se houvesse parado para acolher naquele som; aquele tom de voz, aquela palavra, aguardados de eternidade a eternidade, numa espera onde a esperança ressoava tímida.” Luzilá Gonçalves Ferreira, Muito além do corpo.
E de repente te vi, te quis, quis você na minha vida. Não importava que definição fosse mais apropriada... Amor, amigo, amante, conhecido. A espera e a vontade da tua existência em meu corpo, em meu coração latente e em minha cabeça confusa se fazia urgente.
Ah, e de repente você também me quis, me aceitou. Você me reconheceu diante de milhões de coisas mais importantes naquela época. Você reconheceu meu olhar verde vazio, e dai tudo virou carnaval.
Hoje faz 1 ano, 12 meses, 365 dias que o carnaval começou. Hoje faz 12 meses de reconhecimento, amor, cumplicidade, companheirismo, divisão, humor, cara de abuso, sovaquinho, dedo no nariz, cachorrinho, beliscões na barriga, cócegas nos pés, mãos nas bundas deliciosas, beijos bêbados desesperados, transas urgentes escondidas, poesia, brigas sem porquês, brigas com porquês, cretinices, filmes e muitos filmes, Serrambi, Porto de galinhas, barraca de acampar, camisa branca com função de proteger o rosto do sol das manhãs claras, Calvin e Haroldo, Sushis e tantos sushis, cervejas e quantas cervejas, embriaguez lúcida safada no Recife antigo, olhos de ressaca e sono, Garanhuns e muito frio, pele, teu corpo junto ao meu corpo, tua boca, tua língua dentro de mim, a compressão do sexo, o gozo, ah, o gozo.
Eu e você, tão iguais e tão iguais. Peixes com ascendente em libra. Libra com ascendente em leão. Ambos librianos no centro do mundo, procurando a justiça para nos mantermos juntos a eternidade que nos foi exposta, a eternidade que sempre fizemos questão de inventar, tal qual já durou 365 dias.