sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pelas entranhas
Pelas tabelas
Pelas fronteiras da loucura
Tortuosas
Nos limites viscerais
Invadindo a alma
Onde a carne se transforma em energia
Em ondas magnéticas
Em vibração
Onde a massa sanguínolenta
Emite e emana a frequência da luz
Arquitetura fisiológica dos deuses
Com uma pequena falha
Na frágil árvore neuro-psíquica.

(José Jofiilsan)
Queria dá um sorriso largo pra espantar esse meu silêncio e essa minha indiferença.
e com ele- o sorriso, sair gargalhando horrores. uma daquelas minhas gargalhadas
gritantes, surtadas e com direito a caras e bocas.
Contanto, a semana não foi propicia pra esse tipinho de exagero que as vezes
me dou o luxo de ter.
N-Ã-O, eu não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que tive uma semana triste,
ao contrário, a minha segunda foi animada demais, apropósito, teve
indicios de um tal domingo.
mas me confundo ainda com fatos, fotos e falta de paciência.
sim, tenho certeza que essa tal paciência corre de mim.
é, na verdade eu também não fico a procura dela frequentemente não, confesso!
cuspo o tempo todo que sou uma Jofilsan(zinha) egoísta e com um grau de
orgulho elevado, não minto!
Mas eu juro que um dia vou me tornar uma pessoa de Deus, boa e com a
filántropia fazendo parte da minha vida. (risos)




Me recolho já! amanhã vai ser um dia pesado, com carmas e coisas.
ei paciência, me ajuda vaaaai?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Não diga nada
Saiba de tudo
Fique calada
Me deixe mudo
Seja no canto, seja no centro
Fique por fora, fique por dentro
Seja o avesso, seja a metade
Se for começo fique a vontade
Não me pergunte, não me responda
Não me procure, e não se esconda.

(Chico Buarque)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Primeiro de outubro

Abro a porta com a maior sensação de liberdade e entro com um olhar ansioso, medroso. que talvez ninguém tenha notado por eu usar um óculos que me serve muito, pricipalmente quando
o assunto é esconder sentimentos.
Subo as longas escadas e por fim chego no lugar previsto. Bato na porta, ninguém me atende. grito aos prantos, fingem não conheçer minha voz.
Um tanto já impaciente, resolvo recolher meu "eu" em outro lugar, ou melhor, em outra casa bem familiar e utópica. já descrente de qualquer encontro, me deparo com uma pessoa paternalmente conheçida. um rosto desgastado, um olhar de loucura e cheio de desespero na carne. Essa criatura que eu tanto procurava se apresentava como meu pai.
Confesso que aquilo não tinha cara de pai e nem tão pouco atitude. me tratava com um desdém incompreensível e se mostrava mais um Jofilsan de mão cheia.
Tenho medo dos Jofilsan's, eles tem um olhar invasivo e desconfiado, sem falar na falta de credibilidade e no desrespeito alheio. Ah, não vamos esquecer das piadinhas que já deviam ser intituladas como de uso exclusivo da jofilsanlidade. odeio!
Mas voltando ao Jofilsan pai... ele conseguio falar comigo mesmo sem olhar aos meus olhos e soltou uma de suas piadinhas com um sutil tempero de intimidade, "Já comeu, menina?".
Começei a achar que tava tudo bem, mas ao mesmo tempo ouvi uma zuada de chilenos cruzar o chão a vir ao meu encontro, automaticamente pensei que era a sua namorada, e era!
Aquela mulher tão magra e com um jeito exageradamente simples até hoje me dá medo. sempre tive medo das corujas!
Resolvi ir embora, esquecer daquele encontro, daquela casa e da tentativa frustrada de ter um pai pelo menos na quarta-feira a tarde. achava que ir embora dali seria uma tarefa bem fácil, afinal ninguém sabe demonstrar interesse; mas foi bem mais pesada do que o previsto.
Avisei que iria embora e nada de interesse alheio, assim desci as escadas e andei, até ouvir uma voz de longe dizer: "vamos a Simone Barros?", "Quer algum dinheiro". a-b-s-u-r-d-o!
é revoltante, mas eu sou paga pra ser filha!



peguei o rio doce CDU e me encontro por aqui.