Tenho uma coisa guardada nos olhos, uma presença negra que balança meu esqueleto quando vem e me deixa mumificada e chorosa quando vai. Um belo dia de chuva estava eu deitada com saudades e ao mesmo tempo pensei: saudades de quê? e no mesmo segundo a resposta ecoou na minha cabeça vazia: é paixão! na mesma hora me perguntei como isso estaria a acontecer se a presença nem era presente de fato, nenhuma grande resposta apareceu. talvez a monotonia de te ver algumas vezes na semana seja alguma resposta na minha vida. Fostes ficando sem querer, acho que ficasses mesmo porque o meu querer era tão grande que irradiava alguma coisa na tua mente confusa. Quem sabe ficasse porque eu te pagaria quantas cervejas precisasse pra sorrir ao meu lado, pra eu mostrar pro mundo que era amada e feliz. E depois acho que ficasse querendo, não sei ainda o que, mas me recordo que as cervejas já não era mas o motivo, pode ter sido pelo meu lado infame e cretino que concerteza as mulheres que passavam pela tua vida ainda não tinha o dom de ter.
Enfim, o teu querer me fez feliz, que seja mentiroso antes de ser verdadeiro, eu não faço questão de saber o que é, eu só quero ser feliz ao teu lado e quero que você saiba disso todos os dias, mesmo nos dias chuvosos, que pra qualquer brasileiro é chamado de dia feio, porque o feio é tão bonito ao teu lado e a chuva me faz lembrar que presença começa a ter o sentido de paixão.
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