domingo, 14 de novembro de 2010

Eles por mim

"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.
Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."
Gabriel García Marquez

Poder ler e me despir de me mesma nesse texto, lembrando de histórias, estórias, fatos, pessoas. Poder me despir dele me lendo e revirando passados em futuros presentes, pois é ele que me toca com essa veracidade amiga, amante, concreta, discreta. tais dedos, tais corpos, tais paus. deles, eles, agora. CON-CRE-TO!

4 comentários:

Pela Colina disse...

"Aproveite agora que você é jovem para sofrer o mais que puder – lhe dizia – que estas coisas não duram toda a vida"

Meu caso com ele é bárbaro!

Processo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Processo disse...

Colombina,
Vejo que se interessa por seres humanos que fazem a diferença. E que através deles extravasa seus "calundus", como se dizia há muito tempo. E gosta de música brasileira, como eu.
Vasconcellos Rego

meubrevepensar.blogspot.com disse...

Adorei teu blog (: