domingo, 19 de abril de 2009

Não entendo! nããão, entendo!
tô aqui calada, quietinha, segurando o choro da semana passada.
um choro completamente provável, mas um choro necessário.
não entendo essa fuga precisa, essa insistência em ir embora.
abandono não, jamais! até porque você nunca me cativou.
mas você me teve pelo menos na ponta do dedão e fez o que quis,
me encontrou e me prostituio.
sei que eu não corri atrás, não me decidi, não declarei o
que jamais pensei em sentir, não declarei o que tu jamais cativastes.



As bocas são beijos, porém também são palavras;
então, palavras por favor. bocas que falem, que digam,
que forme frases, que existam coerências, que se transformem
em textos, em cartas, em crônicas, conversas, livros, memórias.
mas que digam, que mostre clareza a um ser humano.
(Me desencontre, não me prostitua!)

Um comentário:

André Bezerra disse...

Um falso desejo humano! Qdo finalmente possuimos vemos que não era isso que queriamos... Bem factuado ultimamente...