quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Levo a liberdade ao meu favor.

Ando cansada do meu mundinho. Daquele mesmo que você conheçeu um dia. eu, as fotografias, os planetas, as cores e o abraço.
-esgotei!
O mundo, meu bem, é de constante mudança, e embora eu não esteja preparada pra tal coisa, preciso encarar que vivo numa bolha de contagios mundias. e isso diz respeito as oscilações que me faz acordar cada dia e saber que vivo, e não apenas sobrevivo.
Embora viver seja respirar a nostalgia das fotografias que nunca consigo jogar fora, deitar e tentar tocar em júpiter e saturno na sua transa perfeita, colorir os sorrisos dos amantes mais secretos e dos amigos mais sinceros e lembrar do abraço que não é abstrato, que não é desconvexo, não é descontinuo nem desconfortável. Ao contrário, o abraço feri a fogo, porque é de alma, é espiritual e carnal. é amigo, e amizade não se muda. eu repito: amizade não se muda!
mudar, mas devagarzinho. mudar com sensatez, porque mudança de amores requer muito choro e vela. e só de lembrar que preciso deixar em outro mundo o eu, as fotografias, os planetas, as cores e o abraço, me faz não querer mudar. mudar pra quê?
Me pergunto, excluvivamente com aquele "eu" que ainda sou: Porque as pessoas estão em constante mudança pra buscar a meta e a metade da sua identidade?
e o mesmo "eu" responde: a identidade é nós, a meta é a busca insaciável pelo vida invisível e a metade é inteira, grandiosa. talvez a metade sejam eles, porém podem também ser elas. não, isso eu não sei responder porque metade pra mim é amor e a outra metade também, isso faz com que eu entenda que amor não se explica, amar é urgente!
Entendi então que daqui a mil segundos me mudo, mas sem nunca deixar minha meta insaciável, identidade do "eu" passado e principalmente as fotografias, os planetas, as cores e o abraço. levo a liberdade ao meu favor!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

versos íntimos

Vê?! ninguém assistiu ao formidável
enterro de tua última quimera.
Somente a ingraditão - esta pantera
foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te á lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
mora, entre feras, sente inevitável
necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
a mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
apedreja essa mão vil que te afaga,
escarra nessa boca que te beija!

(Augusto dos Anjos)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Tpm clariceana

Sinto um negócio por dentro, bem lá dentro que mexe qualquer coisa e se torna viva. E o que eu penso ser negócio é chamado de vazio mensal. É algo podre, porque eu me torno podre falando coisas sem nexo de um "eu" bandido, trazendo a raiva da vida inteira, jogando em pessoas maltidas de caráter sujo e ameaçador silencioso o que penso na realidade. e o que eu penso não é nada bonito, você pode pegar de exemplo sua tripa e engolir, fazer uma autodigestão e ver que tudo se perde, nada se transforma. Além do meu jogo carnal diabólico, eu posso me mostrar uma pessoa introspectiva, com uma vontade de saber quem eu sou tão frenética que me faz delirar e sentir o cheiro podre do mundo ou mesmo o teu cheiro de lambedor de beterraba, e logo após ouvir no surprises do radiohead e perceber que não sou nada de útil, apesar do livros e fatos.


Eu digo não ao plágio gerado por essa década de idiotas, eu digo não!